10 de janeiro de 2017

A profissionalização do Fluminense

Por muitos anos se tem falado em profissionalização no futebol brasileiro. Por anos e anos a fio tivemos e ainda temos diretorias totalmente amadoras em termos de gestão dos clubes.

Durante bastante tempo isso foi suficiente para que nosso futebol fosse extremamente vencedor em termos esportivos, mas sempre pairou sobre nossas cabeças a desconfiança sobre a destinação dos recursos, que se já foram escassos, hoje são consideravelmente grandes.

Para termos uma ideia, no ano passado, após alguma concorrência séria, o canal de TV detentor dos direitos de quase todos os clubes na TV aberta e de todos na TV fechada e demais mídias, ofereceu R$ 1,1 bilhão de reais aos clubes, isso é 0,5% aproximadamente do PIB da cidade do Rio de Janeiro.
Estamos falando de valores impensáveis para amadores... A quantidade de zeros assusta qualquer pessoa que nunca foi responsável por analisar a contabilidade de uma grande empresa. E essa é a morada de um dos problemas. Por vezes dirigentes mal preparados, ao verem essa quantidade absurda de zeros, julgaram serem infinitos esses recursos, ou algo perto disso.

Se você não é muito novo, é capaz de se lembrar de um dirigente da dissidência que falou em alto e bom som para quem quisesse ouvir, em uma coletiva:
- Acabou o dinheiro! Não tem mais dinheiro.

Como isso acontece em um clube notadamente auxiliado pelo canal de tv supracitado? Má gestão, obviamente.

E se isso pode acontecer com eles, é muito mais provável que aconteça conosco.

Então a gestão dos clubes de futebol tem estado em foco. Lá fora isso é praxe, aqui ainda é inovação.
Os clubes com menores receitas precisam se profissionalizar o quanto antes, a margem de erro é muito pequena para se manter competitivo.

É aí que aparece o nosso Fluminense. Um clube tão maltratado pelas últimas gestões que nesse momento de negociações se vê numa posição desconfortável. Primeiro precisa reduzir suas despesas para depois investir.

Só que o mercado é dinâmico, ele não espera... A torcida está ávida por novidades.

Como se comporta o clube que não pode errar?

O clube que não pode errar, entre outras coisas, não pode:

- apostar em jogador machucado, mesmo sendo ídolo (pelo menos até outro dia era);
- contratar um atacante antes de negociar o que já está no elenco;
- aceitar qualquer oferta de fornecedor sem antes estudar bastante o mercado e as possibilidades;
- oferecer para uma promessa salário de jogador já testado e aprovado;
- prescindir do engajamento de sua torcida;
- mostrar sinais de fraqueza no mercado.

Todas essas análises devem ser discutidas por um comitê gestor, como nas grandes empresas acostumadas com grandes orçamentos.

O caminho para o Fluminense é mais penoso, o cobertor é curto, mas o benefício de um acerto agora é a ruptura com o velho modelo, com as falácias, com os pensamentos mágicos, com os orçamentos de faz de conta... e é o compromisso com o Fluminense de agora, de amanhã e de sempre.

Você pode fazer parte disso.

Uma torcida engajada pode elevar em quase 50% o orçamento do Fluminense.
Uma torcida engajada atrai potenciais fornecedores, patrocinadores e parceiros.
O Fluminense precisa tanto da Torcida quanto da gestão profissional, juntos seguiremos em condições de competir e disputar títulos.

Vem com a gente.

Daniel Anunciação
Sócio Contribuinte e Membro do Esperança Tricolor

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