8 de dezembro de 2017

Futebol 2017

Estimados Tricolores,

Muito se escreveu esse ano e principalmente nos últimos dias sobre o futebol tricolor. Terminamos todos com um sabor amargo na boca e a sensação de que esse foi um dos anos mais estressantes e cansativos para quem é fanático pelas 3 cores que traduzem a tradição.

E derivado desse sentimento o torcedor se sente ultrajado, enganado e iludido. A reação normal é culpar a todos e a tudo. Incompetência é o mínimo que se escuta. Mas ainda podemos encontrar visões mais radicais que pensam que o Fluminense acabou. Não. Não acabou e nem vai acabar. O Fluminense tem a vocação da eternidade e vamos seguir existindo por mais 100 anos como gigantes que somos.

Mas para isso é preciso que todos ajamos. E a ação deve ser imediata, começando por dar nomes aos bois. Não adianta ficar discutindo a aprovação de contas de 2016. Nosso grupo votou contra a aprovação mas no sistema definido pelo estatuto, as votações funcionam como foi essa. Sempre foi assim. Mas não obrigatoriamente precisa seguir assim. Discutamos a reforma do estatuto em outro texto.

Voltando ao futebol a primeira explicação é que o clube atravessa uma forte crise financeira. Será? Nossa conclusão vai na contra mão dessa explicação. Em 2017 o Fluminense não teve problema de dinheiro. Teve problemas de mal uso de dinheiro em 2016. Nunca faturamos tanto mas também nunca gastamos tanto e tão mal como em 2016. E 2017 foi uma consequência desse desastre. Jogadores com salários irreais, fora da realidade brasileira e talvez até mundial. Salários esses que além de irreais, ainda se multiplicam ao longo do tempo. Irresponsabilidade e incompetência extrema de quem os negociou.

Dito isso, 2017 começou com a revisão geral de todos os contratos e o escrutínio de cada despesa e receita. Essa revisão nos levou à dispensa de dezenas de jogadores e ao corte extremo de despesas mal gastas no clube. E com isso obviamente o futebol foi afetado. A mensagem era de ano difícil. Mas dizer que o ano sería difícil não significava: “parem de trabalhar, se conformem, sejam medíocres e não sejam criativos”. Não. Num ano como 2017 você percebe a competência, criatividade, conhecimento e disposição de trabalho das pessoas. E nunca tivemos isso no Departamento de Futebol.

Essa VP se tornou um deserto de idéias aonde as pessoas se escondiam de suas responsabilidades e não lideravam. Se acovardaram e se postaram atrás das finanças, a desculpa perfeita para sua falta de ambição, confiança, conhecimento e competência. Outra vez ela: competência.

E como dissemos antes, dê nome aos bois. Em nossa opinião toda gestão de futebol deveria ser demitida. Mas demitidos porque se não havia dinheiro? Demitidos por não saberem administrar a crise. Não saberem gerir o elenco. Não ter criatividade para reforçar o elenco. Não ter liderança. Por se esconder. E por fazer um planejamento no qual priorizou usar os jovens de Xerém com jogadores emprestados ao Samorin, projeto interessante mas mal executado e questionável sobre sua eficiência e eficácia. E na hora do desespero o que foi feito? Contrataram jogadores promessas para ajudar.

O que vimos foi um ano em que o futebol ficou jogado às traças. Sem rumo. Sem um líder. Sem um dirigente de pulso que soubesse conduzir o barco. Abel foi treinador, supervisor de futebol, diretor, VP, psicólogo.

Não havia dinheiro mas vimos times no meio do ano se reforçando sem gastar. Alguns nossos vizinhos de cidade. E porque não fizemos o mesmo? Quem foi que disse que o departamento de futebol não podia fazer trocas? Não podia trabalhar com o comercial para gerar receitas e contratar? Não podia trazer jogadores com salários mais baixos e bônus altos por resultados? Quem disse que não podia ser criativo?

Mas e os nomes aos bois? Não. Daremos um nome: Marcelo Teixeira. Ele deveria ser o líder, principalmente após a desastrada e desastrosa saída do VP Fernando Veiga. Marcelo deveria ter tido a personalidade, competência e iniciativa de assumir o rumo do futebol. Ele desde dezembro de 2016 participou ativamente das decisões e do planejamento do futebol. Foi quem definiu a estratégia e comandou internamente as ações. Mas é muito cômodo na hora do fracasso se esconder. Dizer que participou mas não tanto, que ia e vinha, que na verdade cuidava de outras coisas no clube.

Teixeira lidera, também, o futebol de Xerém, orgulho de todo tricolor. Mas será que Xerém pelo que se investe produz o que deveria e poderia? O que queremos de Xerém? Se Xerém será a base do profissional não basta quantidade. É preciso qualidade e para ter qualidade é preciso experiência, visão, competência e conhecimento. Será que o Teixeira tem tudo isso?

A incompetência até se perdoa num líder. A omissão não. A decisão para 2018 é regressar o Marcelo Teixeira para base e demitir o Torres. A demissão do Alexandre Torres se justifica. Sua entrevista mostrou que se trata de um profissional sem vontade e sem motivação e nos fez entender um pouco mais sobre o pífio 2017. Falou da falta de ambição da gestão mas e ele? Como gerente se limitou a cumprir ordens? Não teve nenhuma ambição pessoal de melhorar? De fazer algo diferente? Bem demitido então. Mas essa decisão também confirma o que sempre se disse: se o Teixeira retorna a base é porque estava no profissional! Ora, então nome ao boi. Esperamos que ele não só deixe o futebol profissional como também o clube. Incompetência se perdoa. Omissão não.

Esperança Tricolor

26 de novembro de 2017

Humildade e canja de galinha

Humildade, por definição, é virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações. 

Infelizmente tem faltado humildade na relação entre a Gestão do clube e a torcida, quer seja da parte de integrantes diretos da gestão, quer seja da parte de grupos políticos de apoio. 

Falar que a torcida é o maior bem do Fluminense, é chover no molhado, mas tem muita gente esquecendo disso, ignorando o básico. 

A torcida não precisa ter razão para ser ouvida, não precisa corroborar com os pensamentos da diretoria para ser respeitada. Basta ser torcida. 

E daí que no meio da torcida há os que fazem política? Todos nós fazemos a partir do momento que acordamos. Faz parte da vida ser político. 

Ser humilde e aceitar que não temos todas as respostas, ou que algumas das respostas que demos não eram as soluções ótimas ou mesmo adequadas para algumas situações, não faz de nós fracos, pelo contrário. Mostra que estamos engajados em não repetir erros e buscar melhores acertos. 

Quem tem acesso às ações internas do clube sabe que muita coisa foi feita, sabe que a cama está sendo preparada e sabe também que muito pouco foi divulgado. Sabe também que se nada der certo no principal que é o Futebol, ninguém estará interessado no backstage. 

A torcida clama por um futebol competitivo e não por campanhas que se limitem em serem melhores que as piores que já tivemos. 

E quando falo torcida entendo que todos nós estamos incluídos, fazendo parte da gestão ou não, porque todos queremos um Fluminense maior do que já é. 

Humildade e canja de galinha não fazem mal a ninguém. 2018 já começou antes mesmo de 2017 acabar, não temos tempo a perder e nem cartuchos a queimar com escolhas erradas. 

Saudações Tricolores. 
Daniel da Anunciação
Sócio Contribuinte e membro do Esperança Tricolor

31 de outubro de 2017

Análise do fla x Flu

Um placar mínimo de 1-0 adverso é desanimador? Acredito que não. Afinal quem tem no hino “nos fla-Flus, é um ai Jesus”?
Quem tem medo quando os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas?
Quem tem arrepio do Casal 20, do Renato Gaúcho? Eu vos digo, são eles.

Quem tem um histórico de superações e se reerguer com a força da torcida? Somos nós. Tricolores, a situação está longe de ser dramática, desesperadora e/ou difícil. Muito longe!

Se o Abel não tem tempo suficiente para alterar modo/estilo de jogo, que a Comissão Técnica se atente a estudar, analisar e repassar ao elenco, os pontos fracos e defeitos do adversário a exaustão. E principalmente mostrem a este jovem plantel as nossas conquistas, as nossas histórias e vitórias. É dar a vida em campo até o fim.

Se a torcida não tem confiança no trabalho que tem sido feito, que dê, ao menos, mais este voto de confiança e compareça ao Maracanã. Cante, torça, vibre, apoie e acredite até o final. Este jogo vale muito. Para lavar a alma e quem sabe salvar o presente ano e o próximo.

Diego Alves; Pará, Rhodolfo, Juan e Trauco; Márcio Araújo, Willian Arão e Diego; Everton (Vinicius Jr), Everton Ribeiro e Lucas Paquetá (Felipe Vizeu) Técnico: Reinaldo Rueda. Assim eles entraram no clássico de sábado, mantendo a mesma formação 1-4-2-3-1, apenas duas alterações foram feitas na equipe que iniciou a primeira partida da sul-americana: Rhodolfo no lugar de Rever (lesionado); Márcio Araújo no lugar do Cuellar (suspenso).

Jogo tão ruim quanto o nosso contra o Bahia. Tiveram a posse de bola mas quase não agrediram e tiveram poucas chances de gol.
Everton Ribeiro pela direita com mais intensidade, Diego centralizado e Everton pela esquerda, nenhuma novidade. Abusaram de jogadas pelas pontas e muitas bolas alçadas.  Cruzamentos, na maioria, buscando as costas dos defensores adversários (atenção Abel).

Nos escanteios, o Rhodolfo, Juan, Arão e Paquetá se posicionam em linha, buscando criar situações para os mais altos Juan e Rhodolfo. (ou seja marcação tem que ser mista!!! Ouviu Abel??) Arão aparecendo no último terço com frequência, infiltrando-se entre linhas e arriscando chutes de longa distância (ouviu meu meio de campo?? Joguem colados).

E o Vasco? Buscou jogar no contra ataque, com mais perigo e intensidade pelo seu lado direito nas costas do Trauco e Everton, e ainda conseguiu colocar uma bola na trave sem muito esforço e inspiração.

Acredito que o provável time seja: Diego Alves; Pará, Rhodolfo, Juan e Trauco; Cuellar, Willian Arão e Diego; Everton, Everton Ribeiro e Lucas Paquetá. O zagueiro Rhodolfo tem características semelhantes ao Rever, gosta de conduzir a bola para sair jogando. Pode ser uma boa, dar espaço e deixar que ele conduza e forçar o erro de passe com ele distante da sua meta, com isso podemos ter um contra-ataque com zagueiro longe da meta.

O lado esquerdo é o mais vulnerável, Trauco defende com muito menos eficiência, e gosta de tomar bolas nas costas. Para nos ajudar mais um pouco, sua última cobertura é do vovô Juan, que salvo sua ótima leitura de jogo para permitir boas interceptações, é o jogador mais lento da equipe. Colocaria um veloz e um inteligente naquele lado, não espetados porque espetando alguém lá, não teríamos profundidade (como no último jogo). Tem que ter movimentação, balancear o jogo, e a bola chegar naquele lado no terço final da jogada com velocidade e profundidade. Talvez o Wendel vindo de trás e o Marcos Jr ultrapassando, para fazer um X, nas costas do Juan-Trauco. Já que é improvável o Lucas aguentar subir e descer com intensidade para tirar o devido proveito.

Arão sobe com frequência, ok. Isso já foi dito. Assim como atenção com ele nas subidas nunca é demais lembrar, mas principalmente temos que ter inteligência para contra-atacar e jogar no espaço que ele ocupa no setor defensivo, Arão deixa espaços (vide jogos contra São Paulo e Botafogo). Juan e Rhodolfo são altos, difíceis de vencer com bolas alçadas e quebradas de velocidade (bola lenta). A bola cruzada tem que ir por trás deles, em velocidade. Será que Dourado consegue fazer esse movimento? Ao invés de manter o erro de se posicionar entre os zagueiros, implorando por um erro adversário?

Ainda no Dourado, tentaria usar seu porte alto, e bom uso do corpo para ora fazer parede para chutes a distância de Douglas, Sornoza e Scarpa por exemplo, ora para permitir passagem, bola no fundo em velocidade de um Marco Junior/ Welliton Silva / Wendel por exemplo.

Os meias Sornoza e Scarpa, sem medo de errar, se com posicionamento adequado do corpo, CHUTEM!!! Escanteios a nosso favor? Olhem o último jogo do São Paulo contra eles, dá para espelhar e aproveitar. Embora estejam sempre com superioridade numérica em relação ao adversário, formam um tripé e com marcação mista (individual e por zona). Batida na primeira trave, com intenção de acertar a segunda bola, o primeiro homem não sobe, e param a marcação. Em outro momento, em batida curta, plantam atrás e dão espaço para quem vem como homem surpresa. Não dá pra fazer como nos últimos jogos procurando bater na direção da marca do pênalti.

Um time bem encaixado, inteligente, rápido, cirúrgico, com tesão, sangue nos olhos, atenção redobrada e com vontade de vencer. Isso é o que esperamos de vocês.

Uma torcida não vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte de paixão.

Com as benções de João de Deus, depois de quarta-feira , estaremos a quatro jogos do retorno a Libertadores!!!

Jorge Coutinho
Sócio Proprietário e membro do Esperança Tricolor

27 de setembro de 2017

Propondo soluções

Esperançosos tricolores,

Estamos em um momento complicado na atual temporada. O desempenho da equipe no Campeonato Brasileiro está muito longe do que esperamos para um clube do porte do Fluminense. Entendemos que o momento não é para apenas criticar, mas sim de apresentar propostas de melhoria.

Além da reunião do CDel, cujo tema central foi a aprovação do terceiro uniforme, o Esperança Tricolor esteve presente em reunião com a Diretoria  executiva do clube para apresentar alguns dos nossos projetos para o Fluminense.

Entre eles, um plano de comunicação organizacional integrada e plano de desenvolvimento de inteligência do futebol.

O primeiro prevê a integração das áreas de marketing e comunicação do clube, desenvolvimento do novo aplicativo oficial, estímulo ao engajamento da torcida e inteligência coletiva, gestão de crises e políticas de relação com investidores, além do desenvolvimento da comunicação interna e da transformação da cultura organizacional.

O segundo, o desenvolvimento do setor de inteligência do futebol, no qual o Fluminense estabelece banco de dados atualizados sobre todos os seus jogadores do profissional e da base. Através de softwares, o clube terá uma série de informações e análises sobre o desempenho de atletas nos jogos e nos treinos, o que suportaria decisões da comissão técnica e desenvolvimento técnico dos atletas.

Parabenizamos a gestão do clube pela iniciativa de estabelecer um novo canal de comunicação com quem está disposto a trazer ideias que possam ajudar o clube. O Esperança Tricolor defende o estímulo à contribuição intelectual da torcida e a uma gestão transparente e eficiente.

Nosso grupo como sempre segue seu trabalho sério e honesto, sem vaidades ou interesses pessoais. Como qualquer tricolor, estamos preocupados com o atual momento do futebol, temos cobrado internamente avanços nessa área e exatamente por isso apresentamos sugestões para que o clube melhore. Continuaremos apoiando o trabalho de reformulação do clube que atualmente tem implementado a profissionalização de seus setores, focando em um planejamento inteligente e detalhado.

Esperança Tricolor

28 de junho de 2017

Nota Oficial - Esperança Tricolor

O Grupo Esperança Tricolor, parte integrante da base de apoio ao Presidente Pedro Abad, vem a público manifestar apoio à decisão de desligar o Vice-Presidente de Projetos Especiais, Sr Pedro Antônio.

Não apoiamos a decisão por sermos parte da base de sustentação da gestão, mas por entender que em uma estrutura organizacional, quer seja em uma empresa, quer seja em um clube, há que se respeitar a instituição, a hierarquia, as determinações e as funções delegadas.

Infelizmente, como pudemos ver nos últimos dias, algumas destas questões não foram respeitadas pelo então Vice-Presidente. Mesmo que tenha tido a melhor das intenções, palavras duras contra a diretoria, entrevistas colocando a gestão em xeque, publicação de assuntos que foram definidos como sigilosos e/ou confidenciais, expuseram de forma desnecessária o presidente do clube e todo o conselho diretor.

Todos nós queremos um estádio para o Fluminense, temos certeza que todos os esforços necessários serão demandados nessa empreitada, assim como entendemos que não é de forma personalista que as decisões devem ser tomadas. Não é deixando de ouvir ou aceitar críticas e sugestões que um projeto andará mais rápido ou atenderá os ensejos do Club e da torcida.

O regime do Fluminense é presidencialista, não cabe a nenhum dos Vice-Presidentes se colocarem acima das decisões do presidente. Além disso, o Conselho Diretor existe para que todas as decisões sejam discutidas e ponderadas.

Ressaltamos ainda nosso total apoio a todas as reformulações que já estão sendo implementadas, oriundas do relatório da auditoria da ERNST & YOUNG conduzido pelo vice-presidente Sandor Hagen. Relatório este, totalmente alinhado ao ótimo trabalho feito pelo departamento financeiro, na pessoa do vice-presidente Diogo Bueno.

Há muito o que se fazer para colocar o clube nos trilhos novamente e seguiremos pensando em um Fluminense grande, como sempre foi, ambicionando o melhor sem deixar que oportunidades ímpares escapem pelos nossos dedos, nem que ninguém se coloque acima do clube.

Saudações Tricolores

Grupo Esperança Tricolor

24 de março de 2017

Como é bom se tricolor

Saudações Tricolores!

Que jogo vimos ontem no nosso Salão de Festas, hein?!

É verdade que começamos mal demais, sendo dominados pelo bom time do Botafogo. Tivemos falhas grotescas de posicionamento defensivo no primeiro tempo, resultado de atuações abaixo da crítica dos nossos volantes e zagueiros, principalmente Luiz Fernando e Renato Chaves.
O segundo teve tempo de se recuperar no segundo tempo, já o primeiro foi substituído pelo bom jogador, Wendel.
Em que pese a má atuação do Luiz Fernando, vamos com calma. Mesma calma que temos que ter com o Nogueira, que falhou no jogo passado, mas tem um potencial enorme para assumir uma vaga na defesa titular.

Se no primeiro tempo só tivemos lamentos, inclusive tomando dois gols de Roger, no segundo veio a redenção. Jogamos como Fluminense, e como está sendo bom falar isso! A molecada de Xerém partiu pra cima do Botafogo e o que se viu foi um espetáculo coletivo.

Wendel acertou a volância junto com Douglas, Wellington destruiu a zaga pela direita do ataque, Leo fez mais um bom jogo no ataque, Pedro deu mais presença na frente, matando as bolas que não chegaram ao Dourado no primeiro tempo.

Juntaram-se a eles o talento de Sornoza pelo meio (como joga!), Renato, que fez outro bom jogo, e principalmente Richarlison.

Richarlison merece um parágrafo só dele, porque o que ele fez no Engenhão ontem foi brincadeira. Assumiu a responsabilidade para cobrar o pênalti, fez o segundo num tiro que contou com a mão de alface do goleiro alvinegro e complementou a noite numa jogadaça pela esquerda, girando em cima do marcador e rolando açucarada para o gol redentor de Renato Chaves!

A marcação ajustada no segundo tempo mostrou uma fragilidade no time adversário que ainda não tínhamos visto este ano. Camilo e Montillo foram completamente anulados, isso bastou para que o Botafogo fosse reduzido às jogadas de bola parada.

E o que falar de Abel Braga, senhores? Quando ele gritou à beira do campo "Esse é o meu time!" duvido que tenha tido algum tricolor que não concordou e disse "Nosso time, Abel! Nosso!".
Acertou o time no vestiário com duas mudanças cirúrgicas e chamou os jogadores às falas "tem que se beliscar e ver se tem sangue nas veias".

Enfim, mais um jogo sensacional desse time que se não é "fantástico", ao menos honra as nossas cores e isso não é pouca coisa!

Daniel Anunciação
Sócio Contribuinte e membro do Esperança Tricolor

30 de janeiro de 2017

Um bom começo

 Começar um campeonato ganhando é realmente muito bom. E fizemos isso duas vezes nos últimos dias, na Primeira Liga e no Carioca.
Contra o Criciuma a atuação do time foi boa, mas faltava aquela sensação de que "vai dar"... aquele gostinho de "agora vai"... aquela sensação de "vamos vencer, Nenseeee"! E isso veio ontem! Um estrondoso 3x0 em cima do outro time...

Claro que é cedo pra avaliar como se comportará o elenco, mas vamos aproveitar as vitórias, né?! Foram tão poucas ano passado que nós, torcida, fomos meio que nos afastando...
Demos espaço apenas para nosso lado racional, político, pragmático...

Depois de duas vitórias temos o direito de deixar aflorar o nosso lado torcedor! E como isso é bom!
Curtimos posts de quem quase não curtimos, retuitamos quem raramente concordamos... é o famoso "abraçar desconhecidos no estádio", só que no modo online.

Tem muita coisa pra melhorar? Tem. Mas "bora" curtir um pouco porque estávamos com saudades!

Daniel Anunciação
Sócio Contribuinte e Membro do Esperança Tricolor

10 de janeiro de 2017

A profissionalização do Fluminense

Por muitos anos se tem falado em profissionalização no futebol brasileiro. Por anos e anos a fio tivemos e ainda temos diretorias totalmente amadoras em termos de gestão dos clubes.

Durante bastante tempo isso foi suficiente para que nosso futebol fosse extremamente vencedor em termos esportivos, mas sempre pairou sobre nossas cabeças a desconfiança sobre a destinação dos recursos, que se já foram escassos, hoje são consideravelmente grandes.

Para termos uma ideia, no ano passado, após alguma concorrência séria, o canal de TV detentor dos direitos de quase todos os clubes na TV aberta e de todos na TV fechada e demais mídias, ofereceu R$ 1,1 bilhão de reais aos clubes, isso é 0,5% aproximadamente do PIB da cidade do Rio de Janeiro.
Estamos falando de valores impensáveis para amadores... A quantidade de zeros assusta qualquer pessoa que nunca foi responsável por analisar a contabilidade de uma grande empresa. E essa é a morada de um dos problemas. Por vezes dirigentes mal preparados, ao verem essa quantidade absurda de zeros, julgaram serem infinitos esses recursos, ou algo perto disso.

Se você não é muito novo, é capaz de se lembrar de um dirigente da dissidência que falou em alto e bom som para quem quisesse ouvir, em uma coletiva:
- Acabou o dinheiro! Não tem mais dinheiro.

Como isso acontece em um clube notadamente auxiliado pelo canal de tv supracitado? Má gestão, obviamente.

E se isso pode acontecer com eles, é muito mais provável que aconteça conosco.

Então a gestão dos clubes de futebol tem estado em foco. Lá fora isso é praxe, aqui ainda é inovação.
Os clubes com menores receitas precisam se profissionalizar o quanto antes, a margem de erro é muito pequena para se manter competitivo.

É aí que aparece o nosso Fluminense. Um clube tão maltratado pelas últimas gestões que nesse momento de negociações se vê numa posição desconfortável. Primeiro precisa reduzir suas despesas para depois investir.

Só que o mercado é dinâmico, ele não espera... A torcida está ávida por novidades.

Como se comporta o clube que não pode errar?

O clube que não pode errar, entre outras coisas, não pode:

- apostar em jogador machucado, mesmo sendo ídolo (pelo menos até outro dia era);
- contratar um atacante antes de negociar o que já está no elenco;
- aceitar qualquer oferta de fornecedor sem antes estudar bastante o mercado e as possibilidades;
- oferecer para uma promessa salário de jogador já testado e aprovado;
- prescindir do engajamento de sua torcida;
- mostrar sinais de fraqueza no mercado.

Todas essas análises devem ser discutidas por um comitê gestor, como nas grandes empresas acostumadas com grandes orçamentos.

O caminho para o Fluminense é mais penoso, o cobertor é curto, mas o benefício de um acerto agora é a ruptura com o velho modelo, com as falácias, com os pensamentos mágicos, com os orçamentos de faz de conta... e é o compromisso com o Fluminense de agora, de amanhã e de sempre.

Você pode fazer parte disso.

Uma torcida engajada pode elevar em quase 50% o orçamento do Fluminense.
Uma torcida engajada atrai potenciais fornecedores, patrocinadores e parceiros.
O Fluminense precisa tanto da Torcida quanto da gestão profissional, juntos seguiremos em condições de competir e disputar títulos.

Vem com a gente.

Daniel Anunciação
Sócio Contribuinte e Membro do Esperança Tricolor

9 de janeiro de 2017

Um novo horizonte: planejar é preciso

Estimados Tricolores,

Feliz 2017! Esperamos a apresentação do elenco para fazer nosso primeiro texto do ano. Temos acompanhado as redes sociais e entendemos a ansiedade e insatisfação dos torcedores em relação à nova gestão que começou em 20/12/2016. Somos parte da base de apoio e por isso temos a obrigação de esclarecer o que seja possível dentro da confidencialidade que se exige em alguns temas. A eleição acabou, portanto não vamos discutir o que passou.

Dito isso, comentaremos o início da gestão. Pelo formato definido, dentro da união proposta, a chapa Somos Fluminense indicou as VPs Geral, de Marketing, Social, Financeira e Governança Corporativa, e isso faz com que a gestão tenha uma cara nova apesar de ser a candidatura considerada da situação. E ter uma cara nova, exige mudanças de pensamentos e maneira de operar. A primeira é entender a situação do clube. Revisar contas, revisar as finanças, revisar contratos e saber o que o clube pode ou não fazer. Em tempos de Profut não existe mais espaço para gestões temerárias que pagam fortunas a jogadores ou comprometem o orçamento do clube, sem saber se poderão honrar seus compromissos. Se queremos construir o Fluminense do futuro, precisamos ser responsáveis. E isso passa por planejar e executar algo que se possa cumprir, sem deixar de respeitar a grandeza e a história do Fluminense.

Como dissemos no início, entendemos a ansiedade do torcedor. Fazemos parte dela. Convivemos com ela todos os dias. Mas é preciso entender o momento. A situação do clube é complicada, ainda estamos longe de ter dinheiro sobrando e nossa perspectiva de receita é grande mas nada que se compare a outros clubes. E aqui chegamos ao primeiro desafio: a responsabilidade de equilibrar as receitas do clube não é obrigação do torcedor. Ele é parte do processo mas o grande responsável somos nós que estamos na gestão. E exatamente isso que está sendo feito. O clube precisa organizar o marketing, encontrar fontes de receitas, atrair o torcedor, contratar jogadores, investir nos Esportes Olímpicos resgatando nossa tradição, implementar novas regras de governança e principalmente, investir no seu futuro. Sem querer mencionar, mas exatamente o que foi feito na dissidência. Sabemos que um clube grande não aguenta ficar 3 anos sem disputar títulos mas a realidade atual é que é necessário ter os pés no chão. 

O nosso torcedor tem todo o direito de reclamar mas também pode fazer parte do processo de reestruturação do clube. Numa conta rápida, se 200 mil torcedores contribuíssem com R$30,00 mensais, o clube teria uma receita de R$6 milhões, chegando a R$72 milhões no ano. Imaginem o salto de qualidade que o clube daria com isso? Nosso potencial hoje é de gerar 200 milhões de receitas anuais considerando todas as fontes possíveis (patrocinador master, de material, bilheterias, TV, marketing e sócios). Poderíamos aumentar esse potencial quase 50% somente com o apoio do torcedor.

Só que o torcedor vive no dilema do ovo e da galinha: se baseia no resultado e no time. Se o clube disputa títulos e tem craques, todos querem participar. Mas na dificuldade...
Respeitando as necessidades e prioridades de cada um, além do momento financeiro do país, será que no nosso universo de torcedores não podemos encontrar 200 mil que possam contribuir com R$30,00 por mês? Cabe ao clube encontrar maneiras de atrair o torcedor e isso que está sendo feito. Infelizmente não na velocidade que se esperava mas não existe ninguém enrolando.

Sobre o futebol a prioridade deve ser enxugar o elenco. Já foram dispensados ou negociados 22 jogadores. Um elenco inteiro. Não adianta ficar discutindo quem foi o culpado ou porque o clube tem tantos ou certos jogadores. Nem porque os salários são os que estão sendo pagos. O que precisamos fazer é focar em como reorganizar o elenco e economizar para poder reforçar. Não podemos ser irresponsáveis e investir desordenadamente. O profut não permite dívidas novas e na situação encontrada no futebol é necessário primeiro arrumar a casa. Portanto afirmamos que estamos de acordo com o planejamento executado no futebol até o momento. Primeiro dispensar e economizar. Depois investir a longo prazo e com inteligência, sem gastar com jogadores que não vão agregar. Entre trazer um suposto experiente que apenas onerará a folha, é melhor investir num garoto da base. Simples como sempre foi feito pelo Fluminense em toda sua história até 1995.

Talvez não seja isso que o torcedor esperasse mas essa é a realidade. Agora o foco é arrumar a casa e dentro do possível, montar um elenco que possa nos defender com honra e dignidade. Ninguém está jogando a toalha ou desistindo. Mas precisamos nesse momento de menos gente atirando pedras e mais gente apoiando. Que as pessoas esqueçam suas rixas pessoais, suas birras, suas implicâncias do passado. Sem união o Fluminense não sobreviverá. Nosso sonho e já fizemos contatos com diversas lideranças de grupos políticos, é unir integralmente o clube. De nada serve somente criticar sem apresentar sugestões. Queremos que todos sejam vidraça.

Esperança Tricolor