11 de julho de 2016

O Silêncio dos (nada) Inocentes

Estimados tricolores,

Temos um time que é o reflexo da situação atual do clube e sua gestão: amorfo, sem vontade, desanimado, desmotivado, cumprindo tabela e esperando que dezembro chegue para se livrar de tudo. Assim é esse Fluminense que nasceu em 2011.

Temos um clube aonde o Conselho foi silenciado. O famoso barulho da maioria que cala os bons da minoria. Um clube em que seus sócios, muitos nem torcedores do clube são, não se preocupam com o uso do seu dinheiro, desde que encontrem o mínimo na sede social. Um clube em que as torcidas organizadas foram criminalizadas justamente para que se calem. Um clube em que o torcedor comum foi dominado pelo canto da sereia das mentiras, factóides e lendas urbanas.

Sim, o Levir, Gum, Cícero, etc, incluindo no etc todas as ruindades contratadas nessa gestão, tem razão: a política está atrapalhando. Realmente essa política implementada pelas lideranças da Flusócio, pelo antigo cérebro de campanha do Peter e eminência parda da gestão por um longo tempo e pelos líderes dos outros grupos de apoio, destruiu o Fluminense histórico. Quando as técnicas e estratégias do mundo político se confundem com o que se aplica num clube de futebol temos isso que vemos hoje: silenciamento do Conselho (Congresso?), da torcida (povo?), da imprensa e dos sócios. Ah mas é chato misturar política com futebol. Certo. É mesmo. Mas não há como deixar de comentar baseado no perfil das principais cabeças dessa gestão, pessoas com fortes ligações com a política nacional e seus conceitos maquiavélicos. Pessoas que levaram para dentro do clube suas estratégias e doutrinas pessoais de controle das massas e dominação.

E infelizmente tudo se agravou com a nomeação do Pelé do direito esportivo para o futebol. O excepcional advogado esportivo  picado pela mosca azul do poder, implementou um modus operandi fracassado no clube. E graças a isso chegamos aonde estamos hoje. E agora agravado por um diretor de futebol incompetente, incapaz de liderar e de sequer motivar seus comandados. Provavelmente também porque esse diretor não tenha em quem se inspirar. O presidente que deveria ser o líder, o grande general no campo de batalha, está cansado, enfadado, de saco cheio. Nitidamente no bom português, "cagando" para a situação. Seu foco claramente é no calendário, contando os dias para o fim de tudo.

Alguns dizem: "saiam da retórica e façam algo." Sim, queremos. Já demos idéias,já nos oferecemos para ajudar, mas a atual gestão é soberba demais, arrogante demais. E como o mal julgador julga por si próprio, maldosos que são com suas aspirações de guardiões do maquiavelismo, veem em qualquer oferta de ajuda uma segunda intenção, de conquista de poder político, de tomada do comando. Aonde falta humildade, falta sucesso. Assumir o futebol hoje é cadeira elétrica? Provavelmente. Mas existem tricolores de bem que não se importam de ser eletrocutados. O Fluminense precisa de quem não precisa dele. Que sofre por ele. Aqui temos vários. Basta pedir ajuda e dar espaço. Mas querem?

Esperança Tricolor

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