31 de dezembro de 2015

Mensagem de ano novo

Estimados tricolores,


O novo ano sempre traz esperanças de renovação, progresso e sucesso. Nosso 2016 começou em dezembro com a montagem do novo elenco. À princípio pelo menos no papel parece que teremos um grupo mais equilibrado e talentoso.

As barangas foram embora. Quase todas. Os insatisfeitos e sem motivação idem. Aqui cabe uma menção honrosa: porque essa vontade tão grande do Jean de sair do Flu? Ganha um bom salário, vive numa cidade aonde com dinheiro se tem muita qualidade de vida, treinará a partir de 2016 em um CT zero bala e próximo de sua casa e já está ambientado ao clube. Então porque tanta desmotivação? Lamentável.

Ainda na linha das despedidas, tudo indica que a zaga titular de 2015 também deve deixar o clube. Sobre o Gum deixamos nosso muito obrigado. Infelizmente seu ano foi um dos piores e seguramente ele foi um dos responsáveis da pior campanha em um turno que já tivemos. Mas tem crédito por 2010 e 2012. Obrigado e seja feliz.

E esperamos que a especulada venda do Marlon não saia do papel. Uma venda para Europa agora não parece o melhor caminho. Com mais uns 2 anos temos tudo para lucrar muito mais com esse grande zagueiro. Enfim, nos resta torcer.

Sobre as chegadas jogadores como Johnatan, Henrique e Diego Souza vão qualificar muito o elenco. A aposta Richarlison também é promissora. Ainda existem as especulações de outros nomes mas por enquanto tudo caminha melhor. Tomara!

2016 promete. Novo CT, construído pela obstinação de um ilustre tricolor, Pedro Antônio, que inscreve seu nome na história de personagens que ajudaram a construir nosso patrimônio. Assim é esse clube centenário e de tantas tradições que pode se orgulhar de ser um dos raros casos de construção de patrimônio sem uso de dinheiro público mas sim com dinheiro de seus sócios.

Teremos ainda o novo fornecedor de material esportivo, Dry World, e o novo patrocinador master. Adicionemos a isso Xerém que anda a todo vapor no seu projeto de produção maciça de talentos e geração de riquezas.

E para finalizar tivemos o orçamento 2015. Pela visão propagandeada com superavit mas quem segue o clube de perto sabe que a história não é bem assim. A decisão de todos foi de aceitar a suplementação solicitada para não prejudicar o clube, já que se trata de dinheiro gasto que não volta ao bolso, mas 2016 exige da gestão Peter mais responsabilidade e transparência com os gastos. A torcida em geral pode se deixar levar pelo amor e fanatismo ao clube de coração e fechar os olhos, aceitando o que é vendido. Mas os conselheiros não tem esse direito.

O cenário político caminha para uma grande união de forças trazendo paz ao clube e ajudando a construir o Fluminense do futuro. A terceira via que se constrói não traz com ela pechas tais como "oposição" ou "situação". Somos todos tricolores nos unindo pelo bem maior, com nomes fortes, novos e que respeitem o passado do clube para construir o seu futuro.

O Esperança se une a essa iniciativa e deseja a todos os tricolores um 2016 de muita paz, alegrias, vitórias e títulos. Que a hegemonia do Rio chegue. Com 2 Libertadores,2 Brasileiros e 1 mundial basta. Sonhar não custa nada. Lutemos por isso!


Esperança Tricolor

16 de dezembro de 2015

Planejamento - Capítulo 3

Estimados Tricolores,


Nos últimos tempos a sociedade mundial tem se dedicado a um tema muito importante: a transparência financeira. Essa transparência gera uma exigência: responsabilidade fiscal. A responsabilidade fiscal é cobrada em todos os segmentos, quer sejam corporativos, esportivos ou sociais. E para garantir isso surgiu uma prática chamada Governança Corporativa. Mas o que a Governança estabelece? Um conjunto de regras que se seguidas garantem a transparência administrativa e a correção nos reportes. Simples e resumido.

De alguma maneira isso se confunde com a internacionalização das marcas e com a necessidade de se criar um sistema compreendido em todo lugar. Como saber se é seguro investir numa empresa? Vale a pena trabalhar aqui ou ali? Vale a pena comprar de alguém? E vender? Vai pagar a dívida? Vai entregar o produto? E obviamente derivado desse conjunto de regras, surge a necessidade de uma auditoria e controle das ações dos gestores. E essa auditoria e controle gera benefícios e malefícios. Elogios e punições. Mas quem está no sistema sabe bem como funciona.

No futebol vivemos uma fase embrionária do que já é visto nas empresas. As novas leis e exigências fazem com que os clubes precisem investir nisso. Termos como Profut e Fair Play Financeiro passaram  a fazer parte do vocabulário dos clubes e se engana o torcedor que acha que isso não importa, que isso é coisa de mauricinho de empresa, executivo que não entende de futebol. Se engana quem pensa que só o que importa é o resultado do campo. Errado. Exigir seriedade dos gestores no controle das despesas e receitas é o mínimo que se espera de qualquer pessoa de bom senso. Isso gera benefícios dentro do campo e a partir de 2016 será considerado inclusive como parte do regulamento das competições sujeitando seus infratores a punições que chegam até mesmo ao temido rebaixamento de divisão.

E como um gancho nesse assunto, um dos maiores elogios dos que apoiam a atual gestão é exatamente a parte administrativa. O foco em pagar as contas, acertar e negociar as dívidas, tirar certidões negativas. Entre erros e acertos sempre foi ressaltada a importância disso para o clube e como estavam sendo implementadas medidas de controle. Mesmo com tantas críticas, é justo que demos esse reconhecimento.

No entanto, mesmo com esse foco, já no início do ano se apresentou um orçamento para o ano de 2015 com uma previsão de fechamento negativo, cerca de 45 milhões de reais. Essa previsão não considerava a venda de jogadores e isso inclusive foi dito na reunião do Conselho Deliberativo como um fator que geraria a necessidade de venda de jovens talentos. Dessa maneira se esperava equilibrar o caixa e fechar o ano no azul.

Discordamos muito da aprovação desse orçamento mesmo considerando a saída da UNIMED e toda dificuldade enfrentada por pendências passadas, discussões na justiça, receita federal, etc. Mesmo reconhecendo que o clube agiu em teoria de maneira transparente, achamos que o Conselho cometeu um erro grande ao aprovar esse orçamento por dar um cheque em branco para gastos que sem controle, poderiam gerar sérios problemas futuros.

E agora nossa preocupação se confirmou. Todos acabamos de saber que será pedido um aumento desse negativo. Não sabemos nem como chamar isso, já que suplementação orçamentária normalmente se pede quando se consegue uma receita extra e se quer investir essa receita. No caso do Fluminense a questão é diferente. Se pede um “suplemento” de algo que já se gastou. E ao invés de fechar no azul ou pelo menos com o negativo aprovado anteriormente (que já era demasiado), o clube fechará num valor absurdo de mais de 80 milhões negativos. E tudo isso já gasto. Como assim?

Analisando os gastos fica claro que duas rubricas impactaram o negativo: gastos com o futebol e com estádio. A questão do estádio já foi discutida em vários fóruns. Discordamos do acordo assinado e da falta de transparência desse contrato mas isso já foi tema de questionamento em outros textos e pelos conselheiros independentes.

Já com relação ao futebol fica claro que houve falhas sérias em seu planejamento, com contratações e demissões de treinadores, contratações e dispensas de jogadores, contratação de jogadores de alto salário e pouco benefício esportivo e tudo isso gerou um impacto absurdo nas contas. Houve outros gastos importantes mas o futebol é nosso carro chefe e consequentemente o que mais impactou os resultados. O que fica claro é que faltou no mínimo planejamento de gastos em função das receitas. E isso sem esquecer que vendemos 3 promessas e por bons valores. O que se fez com esses valores? Aonde foram gastos?

O mais impressionante é que se percebe que houve aumento nas receitas, apesar de não ter sido por novas fontes geradas como fruto de um trabalho de crescimento do clube e sim basicamente por vendas de jogadores. Mas se gastou muito mal o que se faturou. E o mais grave nem foi gastar. Foi gastar e avisar depois. Isso conflita com toda teoria de responsabilidade fiscal e com qualquer boa prática de Governança Corporativa. E infelizmente os conselheiros e sócios do clube vivem um estado de letargia tão grande e profundo que somente poucos estão questionando ou se indignando com isso. Aonde está aquele Fluminense que ganhou a Taça Olímpica por ser um exemplo de gestão?

Se ainda tivéssemos todos esses gastos mas pelo menos no campo tivéssemos ganho títulos, garantido a classificação para Libertadores ou tivéssemos tido benefícios esportivos claros, mesmo sendo absurdo, ainda poderíamos tentar entender. Mas com os resultados alcançados todos os tricolores deveriam se indignar e cobrar detalhes dessa perda financeira. Isso certamente trará impactos para os próximos anos e quem pagará a conta seremos nós torcedores, pois a capacidade de investimento do clube ficará cada vez menor e voltamos a época de vender o almoço para comer no jantar.

Numa empresa séria isso geraria punições. E no Fluminense? Alguém será punido? Até o momento o que vemos é mais um ciclo de planejamento de futebol começar errado com contratação de mais uma aposta desconhecida e dispensas de talentos da base. Se o clube está no negativo e com tantos problemas de gastos, para que investir em apostas que não funcionaram em outros times? Para que gastar 500 mil reais por ano com uma aposta? Porque não aproveitar o excelente trabalho de Xerém e dar oportunidade aos jogadores de lá? Só para o meio de campo temos Rafinha, Douglas, Marlon Freitas, Higor, Robert e Eduardo. São piores do que o Felipe Amorim? Pode um clube com dificuldades abrir mão de um atacante de velocidade, coisa rara no atual futebol e já com mais maturidade e experiência como o Biro-Biro?

Enfim, são atitudes como essa que ficam sem resposta e somente demonstram a incapacidade do nosso planejamento de futebol. Para quem defende 2015, o orçamento mostra que dinheiro não faltou. O investimento foi feito e tivemos uma folha de primeira divisão. Mas sem resultados. Dava para fazer mais com esse dinheiro. Porque não foi feito? Talvez seja hora de mudanças. Contratar pessoas que entendam e que possam realmente montar um time do tamanho do Fluminense mas dentro das suas condições financeiras. Essas pessoas existem. Dentro e fora do clube. Basta querer.


Esperança Tricolor

11 de dezembro de 2015

Temos que ser "positivos"...

Esperançosos Tricolores,


Findado o ano de 2015, a primeira sensação é de alívio. Graças a algumas vitórias santas no primeiro turno, notadamente contra Goiás, Atlético-PR e Cruzeiro, os pontos acumulados na primeira metade no campeonato mantiveram-nos na divisão principal do futebol brasileiro em 2016. Cumpre lembrar que no total do Brasileirão somamos 47 pontos, apenas um a mais do que em 2013, quando escapamos de um gigante vexame em virtude das até hoje enigmáticas escalações dos atletas André Santos e Héverton.

Mas indiscutivelmente o ano foi um desastre sob uma série de aspectos, ainda que nosso Presidente honorário e VP de futebol com honorários classifique o período como algo positivo. Num campeonato estadual tecnicamente fraco (o Vasco foi campeão) e ainda que prejudicado pela Federação, tivemos pífia participação com a já tradicional dificuldade contra clubes de menor investimento bem como derrotas para todos os rivais, outra marca da gestão atual. Voltando ao Campeonato Brasileiro tivemos um bom início após o fim do estágio do simpático Ricardo Drubscky, mas infelizmente Enderson Moreira perdeu a mão ao ter que lidar com atrasos de salários, crises políticas e Ronaldinho Gaúcho, culminando também com excessos do treinador em Joinville e posteriormente em episódio mal explicado ocorrido após o jogo contra o Corinthians em São Paulo.

A grande exceção foi a Copa do Brasil, em que apesar de só termos vencido três partidas éramos para estar na final, operados por erros crassos nos dois confrontos contra o Palmeiras. O que cabe mencionar é que dentre os quatro semifinalistas o Fluminense era o único membro da Liga Primeira (que periga nem mais acontecer), em mais uma manobra pouco inteligente da Gestão Siemsen, não no que diz respeito a participar, mas sim anunciar um movimento polêmico com uma fase final por disputar de um torneio organizado exatamente pela CBF.

Cristóvão Borges, Drubscky, Enderson e por último, Eduardo Baptista. Quatro treinadores no mesmo ano, sendo que o primeiro foi mantido com grande objeção dos torcedores e o segundo foi uma escolha em que não se consegue encontrar nenhuma lógica. Como dito acima, o time até deu liga com Enderson mas sua situação ficou insustentável depois que implodiu o vestiário. Por fim, mais uma aposta para finalizar o ano, dessa vez num treinador que parece ser adepto de novas experimentações e invencionices.

Com relação às contratações, definitivamente foi um ano para esquecer. Excetuando-se Vinícius (bom jogador, mas aparentemente bastante problemático), Giovanni (contundido após alguns jogos) e Pierre (sem grande brilho, mas eficiente), realmente fica complicado entender o critério para contratações utilizado pelos mandatários atuais. Apostar em Magno Alves com quase 40 anos, num inacreditável revival de péssimo gosto, serviu apenas para lembrarmos da Série C a cada toque na bola do jogador. Wellington Paulista protagonizou a cena que reflete bem o ano de 2015, naquele abraço hediondo no nosso VP de futebol, enquanto pérolas como João Filipe, Victor Oliveira, Lucas Gomes, Renato (veio antes, mas só estreou durante o ano), Antônio Carlos, Marlone, Breno Lopes (o que é Breno Lopes?) também envergaram o manto tricolor. É verdade que apostas válidas como Oswaldo e principalmente Ronaldinho Gaúcho decepcionaram ao extremo, mas nada que atenue a culpa da nossa gestão do futebol e do tão decantado mecanismo de scouts.

Fora das quatro linhas a coisa funcionou melhor, com o bom trabalho de Xerém coroado com um título nacional e duas negociações cujos valores anunciados podem ser considerados bons (no caso do Gérson, muito bom), ainda que sempre existam as costumeiras confusões monetárias da gestão atual, como no caso da tão alardeada prioridade garantida que na verdade era um adiantamento para o caso do Barcelona realmente exercer a compra. O CT parece caminhar bem, claramente mais por uma iniciativa personalizada do que propriamente um ato de gestão, mas os termos do retorno dos valores investidos nos causam preocupação, já que tudo é um tanto obscuro. E o próprio Sócio-Torcedor deu uma pequena alavancada, turbinado talvez pela empolgação quando da vinda de Ronaldinho, ainda que o programa se mostre bastante efêmero.

E por último, mesmo com o campeonato terminado os movimentos confusos continuam. Ao invés de retornar para o Fluminense, Biro-Biro seguirá para a China após bom Brasileiro pela Ponte Preta, por valores ainda desconhecidos. O Esperança Tricolor não é oportunista e sabe que evidentemente o atleta não seria a solução dos nossos problemas, mas entende que poderia ser viável dar uma chance ao jogador, gerando mais uma opção de velocidade para subsidiar Fred. Aliás, a negociação do atleta nos renderá um aparente promissor atleta sub-15, o qual torcemos para dar certo.

Por fim, como foi publicado em vários sites que publicam notícias sobre o Fluminense e em redes sociais, cabe ressaltar que o jogador é assessorado pela empresa Bloom Sports (de propriedade do Presidente do Nova Iguaçu), cuja assessoria jurídica é prestada pelo escritório Bittencourt & Barbosa, banca que tem como um dos sócios o nosso VP Mário Bittencourt. Como sabidamente o referido escritório presta serviços também para o Fluminense, o contrato do atleta pode ter sido analisado pelo mesmo CNPJ, tanto na visão "empregador" quanto na visão "prestador de serviços". E ainda sobre o empregador, o mesmo Bittencourt responde pelo futebol, numa situação claramente evitável e desnecessária.

Mas acreditamos na força do clube e no potencial inesgotável da instituição e dos seus torcedores. Cremos sim num 2016 extremamente positivo, torcendo por conquistas e por bons ambientes dentro e fora das quatro linhas. Muito mais do que integrantes de um grupo político, nós somos fanáticos pelo Fluminense Football Club e isso está de modo irretratável e irrevogável acima de qualquer outra questão.

Saudações Tricolores!!!


Esperança Tricolor

9 de dezembro de 2015

Parceria?

Parceria.

Essa era a suposta união da dupla Fla x Flu após romperem com a Federação e sua trupe.

Parceria.

Essa era a suposta união, para formarem uma liga independente e organizada, que seria a salvação do futebol brasileiro.

A união realmente ficou nas palavras.  O que os dissidentes da Gávea querem é espanholizar o futebol brasileiro, receberem um fortuna enquanto os outros clubes (menos o Corinthians) que se virem para sobreviver.

A união para quando só interessa a grana. Aí, meus caros, a parceria foi por água abaixo.

O Presidente Eduardo Bandeira, deve achar que é o mais esperto, mas, na verdade, não passa de mais do mesmo. Não quer a melhoria do futebol brasileiro e sim que o clube dele tenha os recursos e domine junto com o Corinthians o país.

Entretanto, o pior é que dentro das Laranjeiras algumas pessoas acham que têm que ser assim.

Realmente não entendo parte da nossa torcida. Se incomoda com fatos pequenos e com as coisas sérias não consegue nem se indignar. Espero e torço para o presidente Peter não recuar. Que leve até o fim a divisão de cotas mais justa que seria o modelo inglês.

Que os demais clubes rejeitem essa proposta cretina e sem sentido.


André Horta
Sócio Proprietário e Membro do Esperança Tricolor